O HOMEM É PRODUTO DO ACASO?

É inegável que cada ser humano é uma criatura única. Não existem duas pessoas iguais. A própria ciência confirma isso. De facto, tendo em conta as suas impressões digitais, caro leitor, podemos afirmar que, rigorosamente, nunca existiu nem nunca existirá ninguém como você. Cada ser humano é um “exemplar único”. É impossível confundir a nossa personalidade com qualquer outra. Podemos crer seguramente que Deus de facto existe por causa da existência do próprio homem. A existência do homem proclama a existência de Deus.

Se o universo físico que nos cerca é admirável, o homem é ainda mais maravilhoso do que o universo físico. Pense nas capacidades intelectuais humanas. O homem pode raciocinar, crer, amar, sonhar, planear e traçar objectivos. Há muitas pessoas que falam três ou quatro línguas fluentemente. Os cientistas dizem que uma só célula do cérebro humano é mais complexa do que o computador mais sofisticado que é possível actualmente fabricar.

Pense na natureza do homem. O homem sempre foi um ser essencialmente religioso. As tribos mais primitivas olhavam para o alto em adoração a algum poder superior. O homem possui dentro de si um senso do que deve ou não deve fazer. Uma consciência moral. Às vezes essa consciência não é muito refinada, mas sempre se faz notar.

Pense no corpo físico do homem. Poder-se-ia passar uma vida inteira estudando qualquer parte do corpo humano e a pesquisa nunca estaria esgotada. Pense na vida propriamente dita. Não podemos criá-la e não podemos trazê-la de volta quando um ser morre. Não podemos explicá-la completamente, nem podemos controlá-la totalmente. A maravilha do homem declara a existência do seu Criador.

Suponha que estejamos numa sala de aula ouvindo a palestra de um professor distinto sobre a origem da vida. Deixando de lado a terminologia científica e a
Explicação mais ou menos detalhada que ele usa, o que ele diz, em resumos, é: “No começo existia uma pequena célula de determinado tipo, que continha uma determinada forma de vida. A célula multiplicou-se, cresceu e desenvolveu-se. Um certo tipo de criatura surgiu do mar e multiplicou-se, cresceu e desenvolveu-se. Depois, surgiu um certo tipo de criatura terrestre. Esta multiplicou-se, cresceu e desenvolveu-se. Finalmente, com o passar de milhões de anos, essas criaturas evoluíram até se tornarem conhecidas como seres humanos”.

Ao ouvirmos o professor, confrontamo-nos, basicamente, com três problemas não resolvidos nessa sua teoria. Ele passa por cima desses problemas como se fossem insignificantes e indignos de qualquer referência, mas, ao fazê-lo, torna impossível e irracional aceitar sua teoria. O primeiro problema é explicar a origem da vida. Sua teoria presume que a vida veio do nada. Qualquer pessoa acharia impossível crer que um livro veio do nada ou que um computador proveio de uma explosão. E a verdade é que a vida é ainda muito mais complexa do que um livro ou um computador. homem pode criar um dicionário ou um computador, mas não pode criar vida. Além disso, o professor pedir-nos-ia para crermos que a vida veio do nada.

O segundo problema é explicar a existência da lei natural. A teoria do professor presume que a lei natural veio do nada. O nosso mundo é governado por leis
naturais. Se você não beber nem ingerir alimento, morrerá. Não se pode ignorar essa lei nem escapar dela. Ninguém está livre dessa lei. Se você não dormir, o seu corpo entrará em colapso por exaustão. Não se pode ignorar
essa lei natural. Também não se pode vencer a lei natural da morte. O índice de morte dos seres humanos é de cem por cento. Não há excepções. Segundo a teoria do professor, está implícito que as leis naturais simplesmente aconteceram, sem a intervenção de nenhum legislador.

O terceiro problema é a explicação para a existência da família. A raça humana é constituída por famílias. Nunca houve um tempo registado na história do homem em que a família não tenha existido. O professor quer que acreditemos que o homem evoluiu para a maturidade exactamente ao mesmo tempo em que a mulher evoluiu para a maturidade. Simplesmente aconteceu que eles
encontraram um companheirismo agradável e, então, homem e mulher passaram a desenvolver relacionamentos familiares continuamente, ao longo da História. O homem é diferente da mulher, e vice-versa; embora sejam parecidos em compatibilidade e companheirismo. O professor afirma que eles desenvolveram a maturidade ao mesmo tempo e isto resultou na família. Por outras palavras, o professor alega que a família veio do nada – que é apenas um acontecimento acidental.

As nossas mentes não nos permitem conceber que a vida veio do nada, que as leis da natureza vieram do nada e que a família humana veio do nada. A única maneira de explicar a existência do Homem é com o discernimento de que um Ser Todo-poderoso o criou e o colocou nesta terra por alguma razão especial.

A Bíblia declara explicitamente o que acabamos de concluir através do nosso raciocínio humano. No primeiro capítulo da Bíblia, lemos: “Depois, Deus disse: Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher. Abençoando-os, Deus disse-lhes: Crescei, multiplicai--vos, enchei e submetei a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se movem na terra.” (Génesis 1:26-28).

Deus deu aos seres humanos uma natureza espiritual, uma semelhança com Ele mesmo. Deus criou a família, fazendo os humanos com sexo masculino e feminino. Deus criou as leis naturais que governam toda a vida na terra.
A razão exige que admitamos que a vida humana foi criada por Alguém com grande poder e por uma razão divina. Sem hesitação, podemos dizer: “Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te
dou, visto que de um modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem.” (Salmos 139:13, 14).

Se você pensar na existência do homem – a sua vida, inteligência, natureza espiritual, a consciência moral e o corpo físico – certamente concluirá que o homem não apareceu simplesmente do nada, mas foi criado por um Ser Todo-poderoso. Pode estar certo, caro leitor, de que Deus realmente existe. A existência do homem, a sua própria existência, caro meitor, comprova isso mesmo.

Se cremos na existência de um Deus Criador, faz também sentido crer que o Deus que nos criou, um dia, nos chamará para nos pedir contas de como vivemos a vida que Ele nos deu. Foi exactamente por essa razão que Deus enviou Jesus Cristo a este mundo. Foi por essa razão que Deus também nos providenciou a Bíblia Sagrada. Ele queria que soubéssemos por que estamos aqui e o que se espera de nós. Jesus disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito (…) Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” (Mateus 11:28-29 e João 10:10).